O texto a seguir foi retirado do Livro: “Tio Tungstênio - Memórias de uma infância química” de Oliver Sacks – Editora Companhia das Letras p. 66-67
Nesse livro, Oliver Sacks narra sua memória de infância, através da admiração por seu Tio Dave, o Tio Tungstênio assim chamado por ser fabricante de lâmpadas com esse metal. Nessa parte escolhida Oliver narra uma visita ao Museu de Geologia em Londres e o seu conhecimento sobre os nomes dos cristais e dos elementos químicos.
...”Muitos elementos haviam recebidos os nomes do foclore ou da mitologia, o que às vezes revelava um pouco de sua história. Cobalto provinha de kobold, um duende ou espírito mau; níquel origina-se de nickel, ou diabo; ambos eram termos usados por mineiros saxões quando os minérios de cobalto e níquel se mostravam traiçoeiros, não se prestando ao que se esperava deles. O tântalo suscitava visões de Tântalo atormentado no inferno pela água que se afastava toda vez que ele se curvava para bebê-la; li que esse elemento recebeu seu nome porque seu óxido era incapaz de “beber água”, ou seja, de se disolver em ácidos. O nióbio devia seu nome à filha de Tântalo, Níobe, porque esses dois elementos eram sempre encontrados juntos
Outros elementos tinham nomes retirados da astronomia. Havia o urânio, descoberto no século XVIII e batizado com o nome do planeta Urano; alguns anos mais tarde, o paládio e o cério ganharam seus nomes em homenagem aos asteróides recém-descobertos Palas e Ceres. O telúrio tinha um belo nome grego, e nada mais natural que, ao ser descoberto seu análogo mais leve, ele recebesse o nome de selênio, como a Lua.
Encantava-me ler sobre os elementos, como haviam sido descobertos, conhecer não só os aspectos químicos, mas também o lado humano do empreendimento; tudo isso, e muitas outras coisas, aprendi em um livro fascinante publicado pouco antes da guerra por Mary Elvira Weeks, The discovery of the elements. Nesse livro obtive uma vívida idéia da vida de muitos químicos, da grande variedade, e às vezes excentricidade, de caráter que eles encerravam. E ali encontrei citações de cartas de químicos antigos, que falavam dos momentos de empolgação e desalento no tateante caminho para suas descobertas, da ocasional perda de rumo , dos becos sem saída e da tão esperada concretização do objetivo.”...
Faça uma narrativa explicando o significado do seu nome e porque foi escolhido por seus pais. Depois conte se você descobrisse um novo elemento químico qual nome daria e por que.